Desde que trabalhei com Drácula, no final da faculdade, tinha uma vontade imensa de me debruçar sobre os livros góticos tradicionais. Gosto de compreender os elementos do horror, de onde vieram, como uma coisa influencia a outra, de onde os autores que gosto retiram suas ideias. É uma das partes que mais gosto do meu trabalho.
A maioria de nós conhece Oscar Wilde pelo seu livro de maior sucesso, O Retrato de Dorian Gray, e talvez por detalhes de sua vida pessoal. Mas Wilde foi um autor bastante prolÃfico. Dentre peças de teatro, poemas e contos infantis, o autor descrevia de forma cômica e bastante ambÃgua a sociedade da época e construÃa fábulas morais.
Diferente daquela crÃtica do The Guardian, eu sou uma grande fã do horror. Como fã de horror, então, eu sei que o medo está em diversos outros lugares que não os lugares comuns, que não somente no susto ou que não somente no grito. Sei que os fantasmas não são assustadores por não existirem, e sim por serem pedaços de nós mesmos. E como fã de horror sei que se a chave da suspensão da descrença não estiver ativada, muita coisa não vai funcionar. E, ainda assim, pode não funcionar.
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La Ballade de Lénore ou les Morts vont vite, de Horace Vernet (1839) |
Dando continuidade aos meus livros escolhidos para outubro, a primeira leitura foi A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, publicado recentemente pela Editora Wish em uma edição incrÃvel, financiada através de campanha coletiva pelo Catarse. Fui uma das apoiadoras e fiquei extremamente feliz com o resultado final do livro.
Chegou outubro, separei minha listinha de livros para ler durante o mês (não que eu consiga seguir listas, apesar de adorar fazer listas, e fiz até um reels no instagram — vocês podem acessar aqui). Mas, têm dias que eu quero ler um conto rápido, uma história mais curta, e talvez não consiga ler um capÃtulo inteiro do livro que estou lendo.